Enfermagem na CPA

Prevenir é melhor do que remediar!

Atualmente, com o aumento da esperança média de vida e a evolução da medicina, os residentes dos Lares de Idosos são, na sua grande maioria, pessoas com idade avançada, com elevado nível de dependência e com um extenso leque de doenças, tais como: demências, doença de Parkinson, doença de Alzheimer, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças osteoarticulares, etc.
O mesmo acontece na Casa do Povo de Alvito e, portanto uma equipa multidisciplinar assume um papel indispensável
na qualidade de vida do utente. Nessa equipa inclui-se o enfermeiro, com responsabilidades na prevenção da doença, promoção e restabelecimento da saúde dos utentes, desempenhando funções a vários níveis:
• Organização de documentos no que se refere à área da saúde;
• Gestão de stocks de material de consumo clínico e farmacológico;
• Preparação semanal da medicação de todos os utentes;
• Articulação com outros técnicos de saúde intra e extra instituição;
• Apoio e esclarecimento de dúvidas aos utentes e seus familiares;
• Formação em grupo e/ou em contexto de trabalho das ajudantes de ação direta e dos próprios utentes;
• Realização de técnicas inerentes à própria profissão (pensos, injetáveis, vacinação, avaliação de sinais vitais, etc.).
Como anteriormente referido, o enfermeiro atua também a nível da prevenção de doença e consequentemente, na prevenção do sofrimento do utente. Uma das lutas diárias é prevenir e/ou minimizar as lesões da pele, cumprindo posicionamentos adequados, alternados e frequentes, consoante as características de cada indivíduo. Também uma avaliação e inspeção regular da pele são armas que devem ser incluídas num rastreio da avaliação do risco de úlceras de pressão. Assim, cabe ao enfermeiro facultar a informação/formação a diversos níveis aos ajudantes de ação direta, visto serem estes os profissionais que mais tempo passam junto dos utentes, de forma a ter uma prestação de cuidados de qualidade.
Não menos importante é a relação interpessoal com o utente, que frequentemente recorre ao enfermeiro apenas para conversar, seja sobre a sua saúde, seja sobre a sua vida pessoal. As difíceis histórias de vida e o abandono por parte da família constituem um cenário comum entre a população sénior. Desta forma, o “saber estar”, o “saber ouvir” e o “saber sentir” apresentam-se como ferramentas fundamentais no trabalho da enfermagem junto do utente.